Entre tantos quereres
eu não quero mais
ou talvez não por ora
te sentir tão longe
te saber tão linda
te lembrar entregue
sem poder tocar
e provar ainda o nosso melhor
do suor, do sabor do seu mar
das trilhas, corpo nu
do céu, da sua boca
Entre tantos quereres
também, quisera
E como não?
E como, então!
Consome minha intensidade
me ensina teus caminhos
pro prazer ou pra ficar
pra calar, pro silêncio
de lá, me aponta teu desejo
com a ponta dos seus dedos
mapeando os lábios
Entre tantos deveres
uma subversão
Só uma?
mais uma cerveja
a saideira, talvez
o nosso olhar, como afago
afogo meu corpo molhado
te aponto minha correnteza
e vc navega, com calma
Só alma?
Faz como quem ama
Entre tantos poderes
quem perde é quem não faz
não há tanto faz pra gente
e aqui se faz, até ficar tonto
sem fôlego, sem paga
tirando o pudor pra dançar
observando quem passa
sem notar que a graça
não é o lugar
ou a tensão envolvida
mas o encontro de nós
Entre tantos saberes
Revelo tudo o que não sei
nem de ontem
tampouco de amanhã
e por pouco o assunto não surge
e pra que surgir?
se sorrir tá tão natural aqui
aliás, que sorriso
alimenta a vontade da gente
faz despedir pensando
em despir nossas almas de novo