Pode não ser tanto o teu querer
Cabe não ser pranto a minha saudade
Na verdade entre tanto bem dizer
Há de haver um quê de canto na vontade
Pode não ser louco teu amor
Tende não ser pouca a minha loucura
Na vaidade de um réles escritor
Há de ter o teu afago como cura
Pode não ter ponto a nossa vista
Perde o realista que não sonha como nós
Na distância que emerge o otimista
Há de ser o meu soneto a tua voz
Pode não ter fim e nem começo
Desde que por entre estejamos
Na história de amar os teus avessos
Há de ter seu eu em meus meandros
Norhan Sumar
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