Um sorriso que lhe surge sem ser convidado, na fila do banco, no banco da praça, na pressa da agenda, sem ao menos ser percebido. Você acorda, se lembra e sorri. Levanta, lava o rosto e o espelho denuncia que estás sorrindo. Olha para a pia, a louça suja te faz lembrar, sorri. Olha para a mesa ainda posta e um suspiro te faz dar espaço ao sorriso involuntário da ternura. Caminha pensando que permanece lá a sua espera o motivo de tantos sorrisos e sorri.
De tanto sorrir, a gente chora, pois nem tudo é constância e a vida é dinâmica demais pra se alimentar somente de sorrisos. A saudade lhe acomete, você se lembra e chora. A distância te incomoda, você se lembra e chora. A rotina tarda o encontro e os olhos não conseguem frear a chegada das lágrimas. Olha para a televisão e flagra o beijo apaixonado dos protagonistas da nova história de amor e chora, sorrindo por amar também.
O amor não se define. Inunda a alma. Sorrir ou chorar é só uma questão de ponto de vista.
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