domingo, 6 de maio de 2018

Enganos e agrados

Me orientei pelo que me contaram 
Sobre sua cor favorita ser cinza
E que talvez vc fosse fria
na maior parte das vezes ranzinza 
Vivendo de fazer chover e trabalho 

Me armei de lugar, das coisas que me forjaram
E logo na minha chegada você avisa
não é raro te chamar linda
Que mesmo longe do mar sabe ser brisa
Chamando a viver os prazeres do seu calendário 

Me enganei sobre tudo e me vi desarmado 
Me parece que o que vc encosta eterniza 
Suas curvas e suas manias
requintam o que sua luz sinaliza 
que sua morada é em qualquer relicário 

Me apaixonei por você e por tudo daqui 
talvez seja a forma que vc improvisa 
Dando saída pras noites vazias 
tornando vivaz a alma que agoniza 
sendo o incomparável do meu dicionário

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