Falo dos justos e não dos perversos
Não que isso importe
Ou que deva moldar seus gestos
Mas o que dizem quando não está por perto?
O que fazem pra te ver retornar?
Como é você aos olhos dos outros?
Falo dos invisíveis de sempre
Não que você note
O homem na rua querendo comer
O que ele murmura quando te dá as costas?
O que você pensa antes de voltar ao seu mundo?
Quem é você quando está só?
Falo de momentos e não de vida
Ninguém que te note
O que indigna realmente você?
Te faz querer mudar de rumo, de comportamento
A miséria de tantos ou a marca da sua roupa?
Como você é hoje?
Falo de agora e não de ontem
De abraços e sorrisos
Quantos planos você já fez?
Quantos passos deu em direção aos seus sonhos?
Quantos precisarão cair para que você fique de pé?
Norhan Sumar
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