Vivemos num mundo onde o certo deixou de ser louvável. A impunidade parece ser a recompensa de quem rouba mais. Assassinos da esperança, carrascos da ética e imperadores da corrupção têm a nossa confiança confirmada sempre que precisam. E mais quatro anos postergarão as nossas escolhas mal-sucedidas.
Quem seriam os culpados então? Os protagonistas da mais absurda e cômica peça teatral? Seríamos nós? O público, que desconhece os conceitos de cidadania, cognitivamente massacrados, que por isso escolheram os mestres da vergonha como artistas principais.
A dinâmica deturpada da estrutura social vem levando grande parte da massa que sua, dia após dia, a conhecer perfeitamente o perfil do mocinho da novela. Muito embora não façam idéia de quem seja o cacique que comanda essa balburdia, tampouco os elementos que subsidiam as suas insanidades.
Ninguém sabe o que esperar. Mas espero e ajo para que isso mude. Aguardo ansiosamente a reforma advinda dos braços fortes de quem vai à luta, e de maneira atroz, voraz, feroz, mostra que a vontade de mudar é o primeiro e mais importante passo para que possamos fechar as cortinas de quem pensa que atuar por nós é brincadeira.
Por: Norhan Sumar
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