sexta-feira, 10 de setembro de 2010

As nossas luas

É realmente encantador olhar para o céu e ver que as boas-vindas são dadas por ela. Pois quem nunca se pegou admirando a lua? Quem não se rende às suas formas atraentes de tamanho charme e luz? Quem de nós, vez por outra, não pára e esquece os afazeres a contemplar sua presença entre as estrelas?
A lua e sua beleza, imortalizada por grandes poetas e compositores do Brasil e do mundo, encanta e sempre encantará a grande maioria dos que olham para o céu a sua procura. Mas me surge uma dúvida intrigante nesse momento: Será que alguém lembra, mesmo que sejam os louváveis e bem-sucedidos poetas, que por trás das curvas perfeitas e desenhos milimétricos existe algo/alguém a emprestar parte do que torna tudo isso possível: a luz?
Sem o empréstimo amigável de luz advindo da estrela central do nosso sistema solar, a lua conservaria as suas formas, mas passaria despercebida aos olhos curiosos que rasgam os céus em busca do ar de sua graça.
Por isso me ponho e proponho a escrever este texto, pois acredito que assim seja a nossa vida. Repleta de sol e luas, que de maneira louvável ou não, utilizam da luz alheia para darem formas visíveis às suas características.
Muitas vezes, sem a luz de uma mulher, de um companheiro, não conseguiríamos nos fazer visíveis, nem imponentes o bastante; sem os amigos a nos emprestar luz ou mesmo tomarem emprestadas um pouco da luz que carregamos, não seríamos vistos, quiçá admirados; sem a luz trazida pela família, que como o sol, nos doa luz sem necessidade de contrapartida, sem obrigatoriedade de devolução, não seríamos fortes a ponto de nos fazermos refletir na menor das poças.
Cabe-nos então, posicionarmos essas fontes de luz de maneira a nos favorecer. Podemos ser luas novas, e sermos vistos em raros momentos; podemos deixar que vejam pouco de nós, como as luas minguante e crescente; ou talvez façamos como a lua cheia e deixemos que nos admirem por inteiro, com nossas formas a mostra, dando nossa cara à tapa e nossas atitudes à crítica. O que realmente importa é que saibamos que sozinhos, podemos ser uma lua sem o sol, esquecida num espaço muito maior do que possamos imaginar, sem sermos vistos e admirados, sem sermos lembrados ou criticados. E, se esta for a nossa opção, o seja a nossa opç admirados, sem sermos lembrados ou criticados, e desde que essa no maior do que possamos imaginar, do nossa tenhamos sabedoria para manter na distância correta as nossas melhores fontes de luz.

Norhan Sumar
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As nossas luas de Norhan Sumar é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.

5 comentários:

Unknown disse...

Não esqueça que existem tambem matéria escura e buracos negros, que permanecem invisíveis mesmo que a luz mais brilhante se dirija a eles.
Cabe a nós,estrelas luas ou planetas, nos distanciarmos ao maximo deles para que a nossa luz não seja ocultada por esse tipo de energia negativa.

Unknown disse...

Paraaaabéns Cara, tu manda muiito.. belo texto *-*

Roberta.

DaiaH disse...

Cada vez melhor, meu amigo! E haja luz nessa cabecinha pra continuar escrevendo essas encantadoras opiniões. Deus o abençoe!

Te amo, amigoo!

Guilherme P. Imbassahy disse...

Bom texto brother, parabens!

Unknown disse...

Lindo, nosso Astro rei que empresta seu brilho a lua quase nem é lembrado, ainda bem que tenho luz própria, não sou sol, mas sou estrela... meu poeta favorito... amo-te!!!

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