segunda-feira, 11 de abril de 2011

Uma homenagem através d'outra homenagem: 
Habilidade com as palavras e com os fatos, apresentados abaixo com maestria pelo contador da referida estório/história (como quiser).
Um prazer imensurável poder expor suas palavras por aqui, amigo!
Deliciem-se.

Ps.: qualquer semelhança com alguma história que vocês conheçam pode ser mera coincidência!
 
“ Vou te contar a história de um grande amigo que conheci nos tempos de colégio. O rapaz levava sua vida tranquila na pacata Petrópolis, onde fazia sua faculdade, tinha sua família, sua linda sobrinha, além de suas dezenas mulheres. Certo dia resolveu aventurar-se numa grande cidade, a saber, Curitiba. O rapaz estava acostumado a andar de trem na sua cidade, além das charretes dos cicerones nos fins de semana, com as quais visitava os pontos turísticos daquela pequena terra, que nos primórdios era apenas um conjunto de três fazendas. Alias, visitar casas velhas, com odores estranhos e quadros mal assombrados era o único divertimento da população. Na despedida para Curitiba convidou seus amigos para um encontro na pracinha da cidade, onde ao lado da mesma havia um barzinho. Nesse barzinho reuniam-se sempre pessoas sem destino na vida, tais como os bêbados, os viciados, os desviados e as desviadas. A despedida foi marcante, muito choro, muitos abraços, tudo o que merecia aquele fiel e escudeiro amigo de todos. No dia de partir, ao pegar um ônibus, algo que ele nunca havia entrado, para a Cidade Maravilhosa, sentiu todos aqueles frios na barriga. Nas 4 horas de viagem até o aeroporto da cidade, devido às tempestades do verão e tudo o que elas acarretam , esbravejou solilóquios devido à ansiedade, deixando os passageiros do referido meio de transporte assustadas. Na chagada ao aeroporto, nunca havia o rapaz visto algo tão magnífico. Na verdade o que mais o impressionou foi o tal do bebedouro, além de ficar tentando derreter o gelinho no mictório. Na entrada do avião teve que ser carregado para o seu assento, onde esperou até passar por cima do Maracanã, local que só conhecia de nome, e depois correu para o banheiro. Reza a lenda que só saiu de lá quando chegou ao solo firme e que três rolos industriais de papel foram utilizados. Depois de todo o ocorrido, ele leva sua vida na tal grande cidade. Deixou saudades aos amigos, mas todos sabem que tudo isso será muito bom para ele. Afinal de contas, descobriu o que é um viaduto, um sinal de trânsito, aprendeu a falar perguntando e deu três dias a mais de trabalho para a equipe de limpeza da empresa do avião, gerando emprego e renda!”

Rodrigo Rocha (Rood)

2 comentários:

DaiaH disse...

Nossa mãe!! Que história... Jamais li coisa igual! rs

Saudades!

Unknown disse...

O blog é excelente Norhan.

Já tá nos favoritos!

Abração!

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