Permanecemos a um sorriso de distância
E quantas distâncias haverão
Até que não possamos mais sorrir?
Quantos abraços sem calor
Quantos beijos sem amor
Vão atravessar minhas noites sem dormir?
Convivendo contigo à distância
De tantas vezes que você sorriu em vão
Sem perceber que mesmo longe eu estava ali
Testemunhando seu furor
Entregando a outros seu sabor
Em destroços como nosso próprio devir
Entre sorrisos enfrentando a distância
Me perdi de novo no olho do seu furacão
E na enxurrada do seu corpo vivi
Submerso no prazer e dor
Réu confesso daquele desamor
Que precisou matar pra decidir
Me ensina a encurtar tanta distância?
e o que fazer pra segurar sua mão
Acordar e ainda te ver aqui
Pra atestar que o temporal passou
Detestar quem ousar se opor
Que está decidido, seu lugar é aqui