quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amar virou moda


O comportamento das pessoas tem sido um pouco estranho ultimamente. Percebi então, que uma frase que tempos atrás era guardada a sete chaves até ser dita a uma ou mais pessoas, hoje tem sido banalizada. Não estou querendo dizer que não pode ser dita quando desejamos mesmo porque vivemos rodeados pela liberdade de expressão.
Hoje em dia é comum nos depararmos com a seguinte situação: fulana foi em uma festa e tirou várias fotos com sua melhor roupa e maquiagem (tudo bem parabéns pra ela) realmente é relevante para uma pessoa ir a uma festa, só para tirar fotos e postá-las imediatamente no outro dia para que todos possam ver nos 400 sites de relacionamentos que ela de fato foi! Talvez seja esta uma forma de mostrar a todos “Alô estou aqui pessoal!!!”
Mas após isto percebe-se o seguinte.... os comentários da tal foto (socorro aí vem!)
Comentário 1: “Amiga ficou linda” (claro 3 horas para arrumar somente o cabelo);
Comentário 2: “ Que isso hein tá gata d+”, (aquele cara q não sabe dizer q está afim dela)
Comentário 3: “LiNdOnA AmIgA aRrAsOu!!! Te amo... J” (Por que as pessoas escrevem AsSiM?)
Como assim!? Você só comentou a foto dela... e diz que a ama? Por quê? Você nem gosta tanto dela assim... É neste ponto que eu queria chegar. Acho que a expressão eu te amo deveria ser algo real, sincero e honesto. Algo que um filho diz para os pais quando estes o apóiam numa difícil jornada, quando um homem descobre que ama uma pessoa de todo seu coração e não apenas por uma noite.
“Eu te amo” tem várias conotações, mas creio que a mais importante seja  àquela dita com toda a verdade que há nos sentimentos que realmente temos dentro de nós. E não por simples modismo, mesmo porque o modismo passa e o que fica é a sinceridade entre as pessoas.
Cultive o amor e não influências impostas por outro de forma esdrúxula.
                                                                               Por: Marco Antonio Pereira Dias (Tchê)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ela sabe o que faz, eles o que fazer

Que delícia são os seus encantos. Seus passos auspiciosos, hora amados, hora odiados. Com suas faces e formas fantásticas, capazes de te conduzir dos campos da vivacidade, repletos de saciedade e avidez, à beira dos mais altos abismos de solidão e dor.
Ela tem chegadas sorrateiras, que adentram a sua mente e te trazem à tona lembranças que há tempos estavam guardadas. Mas também sabe exatamente como te fazer esquecer qualquer espécie de pensamento malévolo ou incômodo que o acompanhe sem ser convidado.
Nas mãos de quem sabe como tocá-la, ela pode ser dócil, sutil, impávida, marcante, desprezível, inconveniente, uma ótima companhia ou um mero complemento. Ela sequer pede para entrar, nós que a permitimos. Vez por outra, mal queremos a sua presença, mas parecemos gostar da sensação trazida por essa forma imensurável de beleza.
Bendito seja quem a transforma, quem a faça nascer, quem a arremessa nas nossas almas com tamanha força capaz de tornarem inesquecíveis os momentos que foram vividos em sua companhia, benditos sejam os músicos, que fazem dessa maravilhosa aliada a sua vida, que tocam o nosso coração da maneira que lhe for interessante.
A música é mágica, mais ainda é o músico. Este é capaz de caminhar pelos seus sentimentos, decidindo que sensação irá te trazer no próximo acorde. E aos nada profissionais, que se inundam de prazer ao achar que estão realmente tocando alguma coisa: minhas congratulações! Nada é capaz de substituir o prazer advindo da música, de quem aprecia e de quem a conduz.
Ficam aqui expostas as minhas invejas mais sadias (se isso for possível) e a mais sincera admiração a esses que fazem desse prazer afinado e refinado o tom de suas vidas.
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Transcrevendo pensamentos

Inúmeras circunstâncias me levam a escrever. Muitos são os motivos que me fazem inquietar, inspirar, expirar, transpirar, suspirar, conspirar (não, eu não sou santo... e mesmo que fosse), e assim por diante. Tudo isso me leva a pensar e querer ser ouvido. Escrever é a forma aceitável que eu encontro de aquietar a minha mente. Escrever é a maneira mais sutil e igualmente agressiva de se expor e expor alguém. Transcrevendo pensamentos em palavras, eu os guardo em prateleiras que eu só alcanço novamente se quiser.
Segundo Paulo Coelho, “escrever é a forma socialmente aceitável de se despir em público”. E como é de se esperar sempre que você tira a roupa em público, as pessoas perguntam os motivos que te levaram àquela atitude. E quando me perguntam por que eu escrevo, como eu escrevo, para que eu escrevo ou para quem eu escrevo, eu confesso que não sei muito bem a resposta. Não sei bem se escrevo para mim ou para quem lê. Não sei muito bem se o que eu escrevo são opiniões nossas ou somente minhas. A única resposta plausível é que as minhas inquietações pedem para ser transcritas; pedem para ser organizadas de uma forma palpável, ao alcance da minha própria visita para refrescar a memória.
O fato é que: escrever é um hábito de muitos, assim como se despir. Mas nem todos se encorajam ou vêem necessidade em expor a sua nudez. 
Eu quero que essa minha nudez seja vista e ouvida. Quero que minhas inquietações sejam as suas. Que minhas paixões sejam de seu conhecimento. Que minha inspiração te inspire também. Quero pensar e ser ouvido. E quero talvez, movido por uma pretensão descabida, que esse pensamento utilize as palavras para ferir ou curar o âmago do seu ser.
Escrever não deveria ser um privilégio de poucos, mas um benefício de muitos. Não penso que uma forma tão pessoal de expor o próprio pensamento tenha que ser considerada uma prática exclusiva de quem acha que tem um dom. E se você não gosta do que escreve, não se reprima. É difícil encontrar alguém que fique totalmente satisfeito ao tirar a roupa na frente de um espelho.
        Portanto, tire as roupas dos seus pensamentos. Torne-se mais íntimo de si mesmo despindo os próprios anseios e receios. Deixe seu pensamento ditar as palavras como faziam as nossas primeiras professoras. Quem sabe assim, gostando ou não, você resolva expor a sua nudez às críticas.
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domingo, 7 de novembro de 2010

Mulheres (nada pode ser mais abrangente que isso)

No decorrer de mais uma das minhas empreitadas vitais “parcialmente bem-sucedidas”, chego a uma conclusão que pode não ser novidade, mas torna-se muito mais clara para mim agora: as mulheres me fascinam.
Sem saber explicar ao certo os motivos que me impulsionaram a essa nova “experiência”, estabeleci para mim a regra de evitar relacionamentos ou envolvimentos (sejam quais forem) por tempo indeterminado. Ou até quando eu suportasse. Desconhecendo os objetivos desse “projeto”, chamado carinhosamente por uma amiga de “retiro sexual”, não tomei conhecimento tampouco de sua relevância ou justificativa, mergulhei sem mesmo imaginar que tipo de conclusão eu estava procurando.
Em algumas semanas, além da tensão sexual que envolve uma abstenção voluntária, comecei a perceber o quão extraordinário é o ser feminino. Enxerguei detalhes que passariam despercebidos se o interesse sexual estivesse à frente das minhas decisões.
Não pretendo ser hipócrita dizendo que o sexo me desagrada, tampouco faze-los imaginar que a minha orientação sexual esteja mudando. Não, isso ainda não está acontecendo - Pelo contrário. Mas não se tratava de evitar somente o sexo. Tratava-se de postergar o pensamento acerca “disso” no exato momento em que conhecia alguém interessante.
Mas o fato é que cada dia sem o contato físico (sei que vocês entenderam) com uma mulher me fazia encontrar motivos suficientemente relevantes para findar ali mesmo esse “retiro”.
Considerando a diferença existente entre cada um de nós, enxerguei em cada mulher uma miscelânea de qualidades que me fariam por fim num celibato, caso necessário. A maioria delas com tamanha sensibilidade (masculinamente inatingível), algumas com uma delicadeza de flor, outras com a superioridade feminina (que mesmo cheia de insegurança, só faz tentar mostrar-se como um ser forte e capaz), as dotadas do charme que transforma um simples ato de sorrir num excitante convite ao paraíso, a espontaneidade gostosa daquelas dotadas de pouco charme, a capacidade ímpar de manter o controle de várias situações ao mesmo tempo (isso me impressiona e assusta), a preocupação eterna com sua própria beleza e aparência (não me venha com essa de que elas se vestem para as outras mulheres... basta os homens passarem a se preocupar mais com isso), e as poses ao mexer nos cabelos? Ah, isso é mágico! Elas sabem exatamente o que fazer para tirar qualquer celibatário do sério.
A confirmar a metáfora bíblica, a mulher veio sim depois do homem, provando ser a evolução desse ser dotado de pouca sensibilidade, que usa a força como justificativa para assegurar uma superioridade desesperada. E como pertinentemente a minha amiga fotógrafa lembraria as palavras de Oscar Wilde:  "A história das mulheres é a história da pior forma de tirania que o mundo já conheceu: a tirania do fraco sobre o forte" 
Confesso que sou admirador da beleza extraordinária que existe na mulher, nas mulheres. E isso está longe de ser um culto somente a beleza física. Sei também que poderia estender esse texto por páginas e páginas enumerando a superioridade feminina em relação a nós. Mas, pobre do homem que limita a sua admiração a um corpo advindo da beleza superficial de medidas perfeitas. Esses não reconhecem a superioridade feminina e nunca terão a chance de admirá-las com sua complexidade convidativa e sua gama delicada e vasta de qualidades passíveis de exploração e lapidação.
  
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