quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Solos estranhos

            Há dois dias na tão desejada Curitiba... Tal como a maioria dos seres humanos (incapazes de vivenciar a felicidade plena), já encontrei motivos consideráveis ao redor para frear toda aquela ansiedade juvenil que alimentou meus anseios antes de ver do alto o maracanã.
            Seja pelo sol - tão discreto - que dá o ar de sua graça como se estivesse desbravando um lugar estranho; pela estrutura - tão européia - que me faz pensar como se existisse um oceano entre mim e o Rio de Janeiro; pelas inúmeras desistências - tão convincentes - que não massageiam muito a auto-estima de um recém-chegado; ou pela saudade de um calor humano que me permita alguns sorrisos gratuitos pelas ruas da cidade maravilhosa. Por essas e outras eu me abalo, me calo, escalo as montanhas da motivação atrás de ventos de ânimo que me soprem na direção correta.
            Na verdade, Curitiba te abraça - não que seus habitantes o façam - não à um recém-chegado, principalmente oriundo do Rio de Janeiro. Mas a cidade, essa sim te recebe de braços abertos mesmo sem um Cristo Redentor. Ademais, perdoem-me as curitibanas, mas ainda estou a espera de me surpreender com a beleza feminina que fora tão mencionada e referida por visitantes de outrora. Em contrapartida, insisto em acreditar que meu Rio de Janeiro faria uma bela disputa, de igual pra igual.
            Em busca dessa beleza, arquitetônica e feminina, que me fizeram desembarcar nestes solos, continuarei a minha exploração. Procurando ser imparcial e discreto, pois o oposto disso seria carioca demais pra ser aceito.
Por Norhan Sumar

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